sábado, 4 de agosto de 2007

A Terra dos Apagões

Está na moda a palavra “apagão”: apagão aéreo, apagão rodoviário e o apagão energético, sendo este o primeiro de todos e que motivou o uso da palavra em questão.

Na prática o uso desta palavra está relacionado ao seguinte significado: falta de algo que existia antes associado a uma desestruturação ou desorganização do setor responsável. Exemplos: Apagão aéreo denota falta de vôos associado a um verdadeiro descontrole sobre o que se deve ou não ser feito para organizar a malha aérea existente, além de um planejamento do seu crescimento. Apagão rodoviário denota um estado caótico das rodovias brasileiras e que associado à imprudência dos motoristas as transforma numa verdadeira máquina de exterminar vidas. Finalmente, o apagão energético que de vez em quando volta a nos ameaçar devido à falta de investimentos no setor.

É interessante observar como estamos ficando acostumados a apagões e expandindo o seu uso. Tradicionalmente, o Brasil sempre foi conhecido como um país hospitaleiro, que sabia tratar as pessoas com um grande “calor humano”. É difícil verificar esta hospitalidade e “calor humano” nas ruas das grandes cidades do nosso país. Estas, já começam a implantar o vou chamar de apagão hospitaleiro.

As notícias e o nosso cotidiano também nos proporcionam a triste experiência de verificar outro apagão; o apagão moral. Quantos não são os casos de corrupção que surgem na política? Nos governos? E, segundo um grande amigo meu, o governo é apenas uma amostra do que vemos na população. Com quantas pessoas “espertas” nós convivemos durante o dia? Aqueles espertos que ficam calados quando o vendedor volta troco a mais, aqueles espertos que oferecem suborno para policiais e demais autoridades, aqueles espertos que não perdem a oportunidade de sair sem pagar e finalmente aqueles espertos que sempre que podem, furam uma fila. Tudo mundo faz, não é verdade? Não tem nada a ver!

Será?

Se manter na linha é difícil. Ser honesto é muito difícil e a ajuda dos amigos e colegas é fundamental. Entretanto, segundo Alberto Caeiro “em terra de fugitivo, quem caminha na direção contrária parece estar fugindo”.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Leitura, o Melhor “Remédio” para o Envelhecimento

Muitas pessoas se preocupam muito com o amanhã. Em particular, estão preocupadas em como serão e como estarão daqui a alguns anos. Havia um mito de que, à medida que vamos ficando mais velhos, o nosso cérebro vai se degradando e perdemos a capacidade intelectual. Graças a Deus isto não é verdade e a ciência vem provando isto.

Segundo uma entrevista do dr. Drauzio Varella, um adulto perde poucos neurônios durante a velhice a ponto de comprometer sua atividade intelectual, salvo casos de males específicos como o Mal de Alzheimer. Na verdade o cérebro, como qualquer outra parte do corpo, começa a vacilar quando tem seu uso diminuído. Nós começamos literalmente a morrer, quando abdicamos de tudo, "aposentamos da vida".

É claro que temos um momento da nossa vida que o corpo está no ápice do seu vigor. Por exemplo, um jogador de futebol não tem condição de ser um craque durante toda sua vida. Entretanto, um bom técnico pode ter uma carreira longa e de sucesso, usando algo que ele cultivou durante sua trajetória: Experiência. Usar a cabeça hoje analisando os fatos à luz de comparações com outras experiências adquiridas através de leituras ou de sua própria vivência é o grande presente que o tempo pode nos proporcionar.

O dr. Drauzio diz algo que facilmente verificamos na prática: o melhor remédio para o envelhecimento é a leitura. Uma boa leitura, além de nos tornar pessoas interessantes, informadas e atualizadas, mantem o cérebro em dia. Bons escritores, como por exemplo, Rubem Alves, Jack Welch, Peter Senge, Taylor Caldwell e J. R. R. Tolkien nos ajudam muito a compreender melhor a vida ou exercitar a criatividade viajando por histórias imaginárias ou até mesmo a administrarmos melhor nossa carreira e nossa vida. Resta-nos, portanto, escolher bons livros e começar a “malhar os neurônios”. Mãos à obra!

sábado, 26 de maio de 2007

Qual Será a Próxima Operação da Policia Federal?

Sanguessuga, Navalha, Furação. Estas foram as ultimas operações realizadas pela Policia Federal que tiveram grande repercussão e que colocaram nos noticiários, nomes de grandes políticos e empresários brasileiros. É tanta sugeira, que confesso que fiquei momentaneamente sem rumo: não sei se fico triste ou se fico feliz com tudo isto.

Num primeiro momento, tendo a ficar muito triste, pois segundo pesquisas, passamos cinco meses do ano trabalhando para pagar toda a carga tributária que o nosso governo impõe. Cinco meses de trabalho para que tenhamos um sistema educacional péssimo, hospitais sucateados e em número insuficiente, violência crescente e “apagões” de todas as espécies: elétrico, aéreo, rodoviário (os buracos estão cada vez mais estragando carros e colocando em risco a vida dos condutores). Não bastasse tudo isto, assistimos todos os dias uma chuva de operações da PF que descobre uma avalanche de corrupção. É ou não é motivo de sobra pra ficar triste? Mas mesmo com tudo isto ainda dá para ser otimista. Basta ser realista.

Se pararmos um minuto para analisar nossa história, veremos que temos um passado muito mais sujo que é hoje nossa realidade: compra de votos, propina, abuso de poder, desrespeitos e crimes diversos que poderiam encher um parágrafo extenso. Contudo, percebemos uma diferença significativa: os fatos hoje vêm à tona e, bem ou mal, a polícia age. Quando no passado poderíamos imaginar ver políticos e empresários poderosos e até altos cargos da justiça respondendo à inquéritos policiais? Lentamente (muito mais lentamente que gostaríamos, diga-se de passagem) a sociedade como um todo vai evoluindo e caçando estes males que afetam a todos.

De qualquer maneira, feliz ou triste, tenho certeza de uma coisa: tenho muito a fazer. Tenho muito a produzir. Tenho muito a aprender e a ensinar. Tenho muito trabalho e não dá para desanimar.

Um país melhor, soberano e com alta qualidade de vida é gerado por pessoas e não simplesmente herdado. O passado teve um papel importante em sua época. O futuro a Deus pertence e está intimamente ligado ao que estamos fazendo hoje. Resta-nos trabalhar (e muito!) agora no presente. O país tem pressa. O povo tem pressa. Vamos lá?

terça-feira, 1 de maio de 2007

Lixo Virtual

Só de pensar no assunto, já fico irritado. TAGGED, Vírus, Spam, sniffers, Hijack, Trojan, correntes virtuais. Com certeza, todo mundo que possui um computador já ouviu estas palavras ou já sofreu com o contato com elas.

Todos os dias, quando eu abro meu e-mail, vejo que recebi em torno de 20 e-mails com porcarias virtuais oferecendo de tudo que a mente pode imaginar: desde livrar seu carro de multas até casamento, passando por remédios, dinheiro fácil, fotos e ofertas de emprego.

Por mais que se ofereçam anti-virus sofisticados não é possível estar totalmente protegido desta grande oferta de lixo virtual. O motivo é simples: o problema não é tecnológico, mas sim social.

Somos alvo fácil de nossa intensa curiosidade, ganância e inocência. Os “cavalos de tróia” que mais pegam pessoas são os que envolvem algo “proibido” como a intimidade de algum artista ou aqueles que oferecem com facilidade algo difícil de alcançar como “ganhe dinheiro sem sair de casa”, “fique rico em poucas semanas” e os que se fazem passar como instituições sérias como bancos e órgãos governamentais dizendo que estamos com “algo irregular”.

As correntes também são outras porcarias que auxiliam a disseminação de vírus. Recebemos tantos e-mails encaminhados, onde o remetente não se dá ao trabalho de sequer escrever um “oi”, que fica difícil de saber se a tranqueira que você está recebendo foi enviada por um vírus ou pela pessoa realmente.

Eu já tomei minha decisão:
• não leio nem encaminho correntes.
• Não abro arquivos enviados sem que a pessoa confirme que foi ela quem enviou o arquivo.
• Tento explicar para as pessoas que estão ao meu lado que, assim como na vida real, no mundo virtual ninguém ajuda ninguém repassando e-mails nem fica rico cadastrando informações pessoais em sites
• Procuro defender a tese de que a vida pessoal dos artistas é problema deles
• A curiosidade matou o rato e encheu de vírus o computador do gato.

sábado, 7 de abril de 2007

O Fim das Religiões?

Tenho percebido que a cada dia as pessoas estão mais intolerantes à religião. Países da Europa e da América do Norte vem proibindo elementos que expressam a fé. O discurso que fomenta a proibição vem relacionado com a idéia de um estado laico, contudo vemos um movimento laicista, o que é bem diferente. Em reação, países Asiáticos permitem uma religião somente e perseguem integrantes de outras religiões. Onde estará o equilíbrio?

Através de noticiários, revistas e até mesmo por pessoas nas ruas, tenho percebido o quanto a fé vem provocando conversas acaloradas. Uns concordam, outros discordam (até aí, tudo normal), mas tenho visto a cada dia um crescente número de pessoas sem fé (no sentido amplo desta palavra) e cada vez mais intolerantes.

Lendo um pouco sobre o assunto, percebo que não é de hoje que as religiões são alvo de discórdia. Entretanto, depois de 11 de setembro, mulçumanos, judeus e cristãos que professam coerentemente sua fé, são taxados de fundamentalistas e se tornaram alvo de críticas e o ataque a estas religiões tem movido bilhões de dólares. Citando exemplos: as charges que citam o profeta mulçumano, a associação do islamismo com o terrorismo e o Código da Vinci que ataca gratuitamente o cristianismo (apesar de deixar claro que se trata de uma ficção).

É interessante notar como pessoas que não conhecem os alicerces do Cristianismo se acham grandes conhecedoras do assunto após lerem o Código da Vinci, ou que não sabem o que significa fundamentalismo e discorrem sobre terrorismo.

Estamos vivendo uma época que carece de tolerância e respeito mútuo. As pessoas estão perdendo a fé nas religiões, nos governos, nas outras pessoas. Estão se escondendo umas das outras como podem, basta ver como é cada vez mais frio o relacionamento entre vizinhos de um mesmo bairro, no trabalho, nas ruas.

Acredito muito que é melhor nadar contra esta maré de negativismo e ataques vãos. É preciso nos unir para trabalharmos juntos, com respeito mútuo. Os representantes das religiões têm dado exemplo.

Falamos muito em paz e dizemos que trabalhamos para sermos felizes. Será que estamos mesmo focando no mais importante para termos uma vida melhor?

domingo, 1 de abril de 2007

Reclicagem Profissional

Estou lendo livro “O Relatório da CIA: Como será o mundo em 2020”, apresentação de Alexandre Adler; Introdução de Heródoto Barbeiro; tradução de Cláudio Blanc e Marly Netto Peres. São Paulo, Ediouro, 2006. Dentre muitas coisas interessantes que o livro relata, está na página 89 algo que já estamos vendo hoje:

“(...) Com a gradual integração da China, da Índia e de outros países emergentes na economia global, centenas de milhões de trabalhadores estarão disponíveis para um mercado de trabalho mais integrado. (...) A transição não será indolor e atingirá particularmente as classes médias dos países em desenvolvimento, ocasionando um turnover – termo usado em Recursos Humanos para indicar ‘giro de pessoal’ - mais rápido e exigindo reeducação profissional. (...)”.

Em poucas palavras, o que este trecho do livro relata é que acabaram (ou acabarão) os vínculos de longo prazo entre empresas e empregados. A troca de empregos, que antes era vista como algo negativo, hoje passou a ser uma realidade e que tende a se intensificar ainda mais.

As consultorias vieram pra ficar: o profissional entra em um projeto, trabalha por um período, agrega valor para o contratante e depois vai para outro cliente.

Acredito que mesmo as empresas que contratam profissionais com um vinculo mais longo (pela CLT, por exemplo) se enquadram neste modelo. Os clientes e os concorrentes estão sempre “de olho” nos bons profissionais da empresa onde o profissional está.

Para se manter bem neste mercado, acredito ser fundamental sempre investir numa recliclagem profissional: certificações, MBA, pós-graduação estão no caminho do profissional que quer se manter competitivo neste mercado de grandes oportunidades.

Precisamos que os educadores deste país, principalmente os da rede privada, se alinhem com este mercado, que acredito ser ainda muito carente de boas opções. As organizações voltadas para educação que conseguirem agregar à experiência dos profissionais, as novas tendências e realidades do mercado serão muito valorizadas e certamente farão sucesso por muito tempo neste cenário.

quarta-feira, 28 de março de 2007

É Que o De Cima Sobe e o De Baixo Desce...

O atual cenário econômico do país começou a dar alegrias, com a tendência de queda na taxa de juros. O problema é que quando começa a ficar bom para os mais pobres, significa que os mais ricos começam a ganhar menos e estes últimos começam a “mexer os pauzinhos”.

Depois de décadas de reclamações do brasileiro sobre a altíssima taxa de juros que faz com que o crescimento seja travado pela falta de crédito (sem contar a taxa de impostos que faz do governo um verdadeiro sócio de todo indivíduo deste país), finalmente o Comitê de Política Monetária (COPOM) resolver promover uma queda significativa da taxa anual de juros. Ok, mas o que eu tenho a ver com isto?

Simplificando, quando a taxa de juros baixa, os bancos começam a ter condições de emprestar dinheiro a taxas menores para os empresários ou para qualquer correntista que queira comprar um carro novo, a casa própria e todas as outras coisas que todo mundo quer e merece ter. Isto é a boa notícia.

A má notícia é que, com uma taxa de juros baixa (algo em torno de12% ao ano) e a poupança rendendo 9% como está, ela, a poupança, passaria a ser um ótimo negócio. Acontece que isto não é bom financeiramente para os bancos.

O rendimento da poupança atrairia os investidores de fundos de renda fixa, pelo seguinte motivo: como hoje, os fundos de renda fixa rendem algo em torno de 12% a 13% ao ano e os bancos cobram uma taxa de administração anual em torno de 4%, o investimento seria pouco vantajoso, pois além de pagar imposto de renda o investidor receberia algo em torno de 9% (13% do rendimento - 4% da taxa do banco). Lembre-se de que a poupança é isenta de imposto de renda.

Como os bancos iam começar a perder muito neste cenário, fizeram uma pressão sobre o governo para que baixassem o rendimento da TR (um dos índices utilizados para cálculo do rendimento da poupança). Acontece que a TR é também utilizada para cálculo de rendimento do Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço, o FGTS. Assim, todo trabalhador assalariado sai perdendo nesta.

Isto me faz lembrar uma musica um pouco velha, mas que continua atual:
“(...)
Onde o rico cada vez fica mais rico /
E o pobre cada vez fica mais pobre /
E o motivo todo o mundo já conhece /
É que o de cima sobe e o de baixo desce /
(...)”

terça-feira, 20 de março de 2007

Acabou o Projeto. E Agora?

Prestadores de serviço, com alguma (indesejável) freqüência terminam um projeto e acabam não tendo o que fazer logo em seguida. As pessoas ou empresas ficam muito dependentes do aquecimento do mercado, e quando a maré não está para peixes, acabam tendo que tirar férias forçadas.

Como tudo na vida, existem duas maneiras de encarar esta situação: uma positiva e outra negativa. Vou comentar somente a positiva.

Muitas vezes “nos matamos” em alguns projetos e se não temos outro para começar logo em seguida, uma boa idéia e tirar uma pequena folga. Se você ainda tem tempo, uma boa idéia é investir em estudos para certificações em algumas tecnologias. As possibilidades são amplas. Eis alguns exemplos:
a) Java:
1. Sun Certified Java Associate (SCJA)
2. Sun Certified Java Programmer (SCJP)
3. Sun Certified Java Developer (SCJD)
4. Sun Certified Web Component Developer (SCWCD)
5. Sun Certified Business Component Developer (SCBCD)
6. Sun Certified Developer For Java Web Services (SCDJWS)
7. Sun Certified Mobile Application Developer (SCMAD)
8. Sun Certified Enterprise Architect (SCEA)

b) SAP:
1. Solution consultant certification
2. Technology consultant certification
3. Development consultant certification
4. SAP user certification

c) Oracle:
1. Database Administrator
2. Application Developer
3. Web Administrator
4. Oracle E-Business Financials Consultant

Fiz uma busca rápida na internet procurando identificar com valores o quanto uma certificação pode render na prática de retorno para o profissional. Não achei nada muito confiável, mas parece haver um consenso dos profissionais de RH: a certificação ajuda muito a manter alta a empregabilidade e o retorno financeiro, mais cedo ou mais tarde acaba aparecendo.

Contudo, acho que não vale a pena fazer qualquer certificação. As certificações em tecnologias de baixo nível, como por exemplo em linguagens de programação, têm duração curta. Elas devem ser somente um primeiro degrau na escada das tecnologias. Certificações para arquitetos e consultores estão num ótimo nível para garantir boas oportunidades de trabalho.

sábado, 10 de março de 2007

Dia Mundial de Combate ao Populismo

No dia 8 de março de 2007 fomos agraciados com mais uma pérola do nosso excelentíssimo senhor Presidente da República, em mais um de seus muitos pronunciamentos de improviso. Ele sugeriu o dia mundial de combate à hipocrisia. Eu gostei da idéia e sugiro mais: o dia mundial de combate ao populismo.

Falar alto, fazer bravatas de campanha, dizer o que as pessoas querem ouvir para receber aplausos têm sido o cotidiano dos presidentes latino-americanos como Hugo Chavez, Evo Morales e Lula. Sempre com o discurso de defender as minorias, estes presidentes ligam a metralhadora giratória e começam a disparar para todos os lados ofensas e a implementar idéias cujos frutos serão colhidos pelas gerações futuras.

Nos últimos, dias dois fatos me chamaram a atenção para este populismo e tendência simplista de resolver as coisas: (a) o fechamento por 48 horas de uma fábrica da Coca-Cola na Venezuela, um dos maiores símbolos americanos e (b) a defesa do uso da camisinha para diminuir a evasão escolar (por motivos de gravidez) e combate à AIDS.

No primeiro caso, Chavez não está prejudicando o presidente Bush, a quem ele considera como um diabo. Não prejudica os EUA e talvez não prejudique nem a própria Coca-Cola como um todo. Fechando uma fábrica situada em território Venezuelano, Chavez prejudica somente aos trabalhadores desta fábrica, cuja maioria provavelmente é da própria Venezuela. Fica então a pergunta: quem, em sã consciência, teria coragem de investir na Venezuela? Menos investimentos é menos emprego, é menos desenvolvimento...

No segundo caso, o nosso presidente e também filósofo futebolístico, trata o problema da evasão escolar e da AIDS como um problema de acesso, ou seja, se o corpo do homem não acessar o corpo da mulher (protegidos por uma camisinha) teremos um país com maiores taxas de escolaridade, menos gravidez precoce e quase sem a AIDS.

Talvez o problema do imperialismo norte-americano na América latina, o problema da AIDS e o problema da gravidez precoce estejam todos diretamente associados a uma mesma fonte: a falta de informação e educação. Não me refiro aqui somente à física, à matemática e ao português, mas a temas como ética e responsabilidade social. Um homem e uma mulher (ou mesmo adolescentes) que tem relação sexual têm que ter consciência de que eles poderão arcar com a responsabilidade de serem pais, chefes de família, responderem pela criação de um ser humano. Não há nenhum mal nisto, mas a pergunta que fica é: eles têm responsabilidade para tal?

Será que os nossos presidentes populistas têm responsabilidade para serem realmente presidentes? Ou basta bater forte na mesa e falar o necessário para ser aplaudido ali, naquele momento? Muitas vezes, um grande pai e uma grande mãe têm que tomar decisões enérgicas que muitas vezes desagradam os filhos, mas que visam o seu bem. Será que estes estadistas têm coragem para fazer o que é realmente bom para o seu povo, mesmo que isto no curto prazo não lhes renda votos?

segunda-feira, 5 de março de 2007

O Que É Preciso Para Conseguir Um Bom Emprego (Ou Manter Um)

Constantemente, me vejo em discussões sobre o que é preciso para se conseguir um bom emprego ou para se manter em um. Que tipo de metodologia, quais tecnologias, quais processos, quais certificações são necessárias para garantir a empregabilidade de um profissional. Com certeza, para todas as áreas de trabalho existem diversas respostas possíveis para estas questões. Entretanto, existem algumas características que não estão associadas ao conhecimento técnico, mas que podem auxiliá-lo, fomentando uma carreira promissora.

Muito mais importante que o saber é aprender a aprender. Segundo Sócrates (470-399 a.C.) “... mais inteligente é aquele que sabe que não sabe”. O profissional de hoje precisa ser dinâmico. Observar tendências, analisar possibilidades, procurar o que mais se identifica com sua carreira e mergulhar em estudos.
Não acredito que a vida profissional deva ser um mar de estresse, com estudos diários em ritmo alucinante. Entretanto, não dá para achar que a vida terminou após obter um conhecimento interessante ou um importante reconhecimento profissional.

Aprender é uma arte que precisa ser trabalhada. É preciso praticar. Quando estamos mais novos, temos que aproveitar a energia para dedicarmos a este aprender a aprender. Os mais velhos reclamam que já não aprendem com a mesma facilidade. Contudo, acredito que eles possuem uma habilidade diferencial: a experiência. Um profissional experiente tem melhores condições de identificar melhor as tendências e aplicar a elas, experiências passadas. Muitas vezes, os problemas mudam a cara e o nome de suas soluções, mas a essência permanece a mesma e só a experiência é capaz de perceber isto.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Motoristas profissionais

No ultimo dia 16 de fevereiro, “sexta-feira de carnaval” ficamos tristes e chocados com o acidente envolvendo o ônibus da pássaro verde, que resultou em mortos e feridos. Ao que tudo indica, o motivo foi um já velho conhecido parceiro das estradas brasileiras: a imprudência. Fico me perguntando o porquê disto.

Acredito que neste caso onde os dois veículos que se colidiram, um ônibus e uma carreta, eram conduzidos por motoristas profissionais. Mas como um motorista profissional ousa ultrapassar um outro veiculo em plena curva, sem o mínimo de visão? Dificilmente conseguiremos saber a resposta exata neste caso, mas é possível desconfiar. Quem se aventura por nossas estradas percebe bem que nossos motoristas estão sempre estressados e nervosos: pressão para chegar rápido, buracos nas pistas, má sinalização, assaltos e roubos, a própria imprudência dos outros motoristas (quem já não viu um “espertinho” tentando furar uma longa fila causada por um acidente?).

Nós, enquanto passageiros destes motoristas profissionais, engrossamos este caldo quando somos insensíveis a estes problemas e cobramos dos motoristas uma postura mais profissional. Alguém já viu algum curso de especialização para motoristas? Conhece alguma empresa que investe pesadamente em quem carrega seu produto mais valioso? Tomara que muitos respondam sim a esta pergunta mas, infelizmente, olhando as estatísticas de acidentes do nosso país e principalmente os seus respectivos motivos, acho que a resposta comum é não.

Para cobrar dos motoristas, precisamos dar melhores condições. Empresas de ônibus, transportadoras, associações de taxistas têm a obrigação de investir em seus profissionais e é aqui que deve recair nossa cobrança. Valorizar quem valoriza as pessoas, motoristas e passageiros. Do contrário, continuaremos lamentando ser um dos países em que se perdem mais vidas humanas que numa guerra.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Começando o Blog

Estou entrando definitivamente no mundo digital...
espero que este blog seja uma forma de contribuir construtivamente com este mundo.